sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Considerações acerca da operação Satiagraha



Ando totalmente ocupada com o término da minha monografia, contudo uma notícia em especial, que não quer sair das páginas dos jornais, revistas, dos mais variados sites e das tvs, me chamou atenção nas últimas semanas. Trata-se da operação satiagraha da polícia federal, a saber, em sânscrito satia significa verdade, agraha significa firmeza, juntas significam firmeza da verdade.
Presos o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, o investidor Naji Nahas, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, e outras 14 pessoas suspeitas por desvio de verbas, corrupção e lavagem de dinheiro. Houve ainda tentativa de suborno do por parte do banqueiro para não ser preso, em vão, pois logo foi preso com os outros envolvidos, e como aqui no Brasil a impunidade impera, logo também estava solto e preso novamente e sei lá qual é sua condição hoje...
Importante é não perdermos de vista que em nosso país reproduzimos, digo reproduzimos porque não somos seres dissociados do país, essa cultura da impunidade sem maiores problemas. Se um Juiz, autoridade máxima da lei, solta uma pessoa que foi devidamente e legalmente investigada pela polícia federal, como acreditaremos em justiça nesse país?
O caso é que provavelmente muita gente poderosa está envolvida nessas roubalheiras e como informação é poder, logo trataram de “dar um jeitinho” na situação de quem detém esse poder.
Penso que depois de tantas idas e vindas dos envolvidos e diante de tamanhas inverdades, no mínimo a turma do delegado Protógenes batizou a operação inadvertidamente.

4 comentários:

João Neto disse...

Pelo menos resta-nos olhar o lado positivo. Nunca na história do Brasil foram presas (embora tenham sido soltas depois) tantas pessoas com "poder". Toda evolução histórica leva tempo, essa vai levar algum também. Mas creio que estamos no caminho certo. Mantenho a fé em dias melhores.

Narradora disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Narradora disse...

Eu concordo, essas coisas levam tempo mesmo. Mas, não gostei da falação do presidente do STF.

Camilla Tebet disse...

Leva tempo sim! tanto quanto for o tempo para que gerações morram e outras comecem.
O Brasil sempre foi o país do futuro. Nunca o do presente. O Brasil ainda é o país do futuro, não de agora!