segunda-feira, 16 de março de 2009

Meu Entregar



Vivia pelo chão, embriagado com minhas próprias lágrimas. Já meio fora de mim, pois num único minuto cabem muitos dias.
Dizem até que o amor é uma fumaça que se eleva com o vapor dos suspiros; purgado, é o fogo que cintila nos olhos dos amantes; frustrado, é oceano nutrido das lágrimas desses amantes. O que mais é o amor? Do que a mais discreta das loucuras, fel que sufoca, doçura que preserva.
Nem mesmo o sol, que a tudo vê, jamais viu outra que se lhe compare desde a origem do mundo. Sim, linda, sozinha, sem nenhuma outra por perto; ela e somente ela mesma pairando perante os meus olhos.
À noite, o olhar da minha amada flutuaria, tão brilhante que os pássaros começariam a cantar, pensando que já era dia. Neste dia peço-te para que me fales algo, meu anjo de luz!
Sei que existem muros em nossos caminhos, incluindo o medo. Pois também tenho medo de ser magoado outra vez. Mas sei que com as asas leves do amor, eu posso superar as barreiras pétreas.
Por isso peço instruções, instruções do amor, que foi quem primeiro me levou a indagar. Ele me aconselhou e lhe emprestei os meus olhos.
Mas... Adeus formalidades! Espero que não interpretes mal, ou como amor volúvel, este meu entregar. O difícil já conseguiste conquistar... Meu coração, que por ti não pára de chamar.

Esse texto foi feito, depois de ler um livro de William Shakespeare.

3 comentários:

Letícia disse...

Tem gente nova no Café e é bom ler. E teve uma bela fonte de inspiração o seu Entregar. E amor é de graça mesmo. A gente espera não ser visto, mas fica na cara. Muito bom, Alessandro.

Anônimo disse...

Muito bom. Sem palavras para explicar o que estou sentindo agora. Acho que você ganhou uma fã! Beijo.

João Neto disse...

Não é à toa que ele é conhecido nos círculos íntimos como "Pêto Love"!!!

Boa estréia, seja bem vindo e o espaço é seu para postar quando bem quiser.

Bjunda!