quinta-feira, 25 de agosto de 2011
À Deriva
À deriva
Entre o mar que não acaba
E o sol que não perdoa
Não há terra a vista
Nem mesmo há prazo
Para se chegar a lugar nenhum
À deriva
E se navegar é preciso ou impreciso
Derivar é perigoso
Amar, amor, amante, amando, a mando...
Estar à deriva é ainda pior do que estar perdido
É estar impotente, dependente de marolas
Correntes marinhas
Tormentas anunciadas ou não
Indo e vindo e indo e vindo e indo e vindo
E não lhe parece cansativo?
É aguardar por algo que não vai acontecer
Aquele momento épico quando a carta sai da manga
Quando a cavalaria chega e assassina todos os assassinos
Quando Poirot soluciona magicamente o caso
Acaso não é bom assim?
História com fim planejado e porto seguro
Virgem beijando lascivamente
Promessas de mil e uma marolas
E indo e vindo e indo e vindo e indo e vindo
De lugar nenhum para nenhum lugar
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7 comentários:
Há tempos Poirot se aposentou e não resolve caso algum.
Bom te ler, João.
E me ver.
"Estar à deriva é ainda pior do que estar perdido".
Mas há sempre um cais (a mando).
Gostei João... E me identifiquei.
Estar a deriva sabendo que outros também se sentem alivia... De certa forma.
Não ser um ET... E único... Outros semelhantes... etc.
Abç.
Crazy Diamond,
Receber elogios seus é como ganhar Nobel de literatura.
Wanda,
Obg pela visita.
E não se preocupe, pelo que vejo e ouço há muitos mais derivando por aí.
Eu vim parar aqui. Finalmente. Há tempos tento me achar aqui, mas, ventos são traiçoeiros. Estou sentindo tanta saudades de vcs... Dia desses, fiquei muito, muito feliz mesmo por ter tido o prazer de te ler lá no meu blog. Saudades! b
Bjos em todos! ;)
Seu poema me lembrou uma canção...
http://www.youtube.com/watch?v=zzUdJ-5fscA&feature=player_embedded#!
"No place is safe to go"
prazer
Amigo, depois de tudo o que passou e o que ainda virá, que tal um belo texto de despedida e de boas-vindas à nova vida? Abraços!
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