Abrázame y muérdeme
Llévate contigo mís heridas
aviéntame y déjame
Mientras yo contemplo tu partida
En espera de que vuelvas y tal vez vuelvas por mí
(Aviéntame, interpretado por Cafe Tacuba)
Letra completa aqui
Tecla SAP
Ouça aqui
Mas você me contou segredos
E mais do que tudo
Revelou os espaços vazios entre nós
Verdade inspirada em trilha sonora de filme B
Plano A, dia D, sopa de letras miúdas
Contrato escriturado e lavrado em dia de chuva
Silêncio explícito entre amores perdidos
E o que faremos se o espólio é dor?
Arte cubista tem mais sentido
E até entendo melhor os (des)amores de Picasso
Queria aqui os relógios derretidos de Dali
Tempo congelado quando tudo era calor
Passou o tempo e as chances foram contra
Deserto em meio à multidão
Faço poesia, peço perdão
Faço tricô de palavras vazias
Mas é esse espaço que incomoda
Aquário com peixe solitário
Voltas e voltas e voltas
Espera monótona pela ração diária
Observo o baú abrir a cada minuto
Mas não há ouro
Apenas bolhas repletas de ares vazios
Que não me ajudam a respirar melhor
3 comentários:
"Faço tricô de palavras vazias"
"Apenas bolhas repletas de ares vazios"
Mergulhados no vazio o que queremos e o que somos acaba se revelando.
Ler você sempre me traz bons questionamentos...
Beijos, nada vazios!
"...e o que faremos se o espólio é dor?"
É dor que dói até não ter mais jeito e disto, deste vazio, delineiam-se
- poesia e a arte -
Há neste poema, um diálogo de uma racionalidade precisa que se mostra inútil frente as dores e os desencontros que restam dos amantes em copos e corpos vazios.
Brilhante!
Adorei seus poemas.. :)
O modo como você descreve a angustia da espera e decepção...
*-*
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