Volta e meia
Ela sabe
Pensamentos estão lá
Mas as horas não batem o sino
Sincronia perdida em meio a afazeres dissonantes
E, de retorno, vê-se Marte fazendo guerra
É órbita desgarrada
Cometa com cauda longa
Planeta que dança e conta estrelas
Conta segredos no travesseiro
Ela sabe
Volta inteira e é reencontro
Pode estar depois da curva do vento
Calça botas e temos folhetim medieval
Moça que não dorme sono eterno
E que não aguarda na torre mais alta
Demanda desejos em horas fortuitas
Escancara verbo em cama que se quer desfazer
Faz da noite sua hora particular
Praça de guerra e paz
Saudade é palavra viva
Magia negra que faz o tempo infinito
Ela sabe
Também sente
E, no reencontro das órbitas celestes,
Traduz gemidos indizíveis em verdades absolutas
Nebulosas transformadas em supernovas
Céu que se abre em sorrisos
E corpos que repousam no vácuo preenchido
Cama desfeita
7 comentários:
Me li,
Apenas.
Sem mais.
A Marília que me perdoe, mas esta sou eu. =)
E você continua com a corda toda. Fico feliz. Very much indeed.
Take care, John.
É o que acontece com os textos... Quando publicamos o texto deixa de ser da gente. Morre o escritor, este se torna apenas letra. E nasce o leitor. E então tantas leituras podem ser feitas quanto os leitores que lerem. Já diziam o Roland Barthes e o Michel Foucault...
Oiiii...tudo bem?
Quanto tempo!!!...;D
Inspirador!!! Lindo, adoro passar por aqui, tuas palavras contagiam.
Felicidades e realizações neste ano novo!!!
Bjs e até mais...
"Volta inteira e é reencontro"
Adorei o texto. Desencontro, reencotro, essa nova mulher que não aceita apenas esperar, mas quer tudo: guerra e paz, o mundo e a cama.
Sempre bom voltar aqui.
Bjs
Meu Anjo,
Vejo que a identificação com o que vc escreve não é uma exclusividade, isso é bom! Quem escreve quer tocar quem ler de alguma forma.
Gosto quando vc coloca em palavras o que parecia, a princípio, ser segredo.
Besos, mi cariño!
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